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IVO ALMICO

Pinturas

IVO ALMICO, foi aluno de excelentes profissionais das Artes Plásticas, como: Lygia Pape, Lourdes Barreto, Marcos Varela, Ricardo Newton, Angela Âncora da Luz, Paulo Houyek, Roberto Tavares e outros, na Escola de Belas Artes - EBA/UFRJ tendo se graduado em Bacharel em Pintura no ano de 1994. Também frequentou aulas com Simone Michelin, Luiz Ernesto na Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

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TEXTO DA EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL "MONOTIPIAS", 1992

Lygia Pape

"Almico trabalha com a pele-domundo. Superfícies macias, úmidas encharcharcando os dedos são manipuladas com rara maestria, carimbo de tramas as mais variadas ocupando o papel em situações de pouso leve, sinalizando os campos onde as coisas acontecem.
As coisas são impressões, toques da almofada bojuda da tinta negra aos poucos ocupando um território, determinando seu contorno: fluídos como matéria mas lúcidos como idéia.
De um nada, a ranhura no papel cria ordens formais para súbito, uma intervenção pensada romper aquela organização e transformá-la em algo novo nascente em seus contrastes. Algo espontâneo de toque, mas forte como estrutura espacial.
Há intensas superposições: como nuvem um cinza brilha na superfície impressa, logo em seguida marca-se mais o campo, um negro mais justo localiza uma margem e surge como pássaro de fogo um vermelho rápido invadindo o microcosmo de ordens surdas.
Cada gesto ressalta de uma paixão.
E o olho tímido olha para nós com confiança e intensidade de autor. Sabe o que quer. Sabe que o caminho é longo, mas já foi iniciado. Já partiu em sua trilha descobrindo nos objetos os mais simples de um cotidiano banal, de usos convencionais, um novo uso fundando uma linguagem particular: a mera almofadinha de carimbo sua primeira ferramenta de trabalho.
Dali Almico partiu e hoje cola-se no que vê e sente com seus dedos, despreocupado de preconceitos, ávido da pele-do-mundo para imprimi-la e experimentá-la em seus papeis, mas também para esticá-la ao seu limite aprisionando percepções nunca vistas. Novas.
Esse pequeno capo transform-se em um oceano em que o autor mergulha com vontade e levanta impressões sutis, sem escala, imensas pela sua dimensão física: a medida de uma mão.
Encharcar o papel a água faz sozinha, tocá-la com qualidade é próprio, do artista, de Almico.  
Rio 30/maio/1992"

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TEXTO DA EXPOSIÇÃO "A ARTE, ESTÉTICA DO OLHAR E SEUS DIFERENTES ÂNGULOS", 2004

Arquiteto Antonio Carlos Martins

"Quando o artista inicia o seu processo criativo, e se prepara para estabelecer as questões que implicam, de alguma forma, na criação de uma inter-relação entre o trabalho e o observador; isto resulta em um novo processo que pode ocorrer de diversas formas e diferentemente em cada pessoa. É esta comunicação, este olhar antes definido pelo artista, que será compreendido e assimilado de outras maneiras e caminhos. Ao retirar, pela lente de uma máquina fotográfica, elementos estéticos definidos anteriormente por artesãos do início do século XX, apreendê-los a um desejo de materialização dessa estética e reinterpretá-la, o artista toma a direção do caminho deste processo. Estas fotografias transformaram-se em registro inicial da apreensão da linguagem estética, transformando-se posteriormente em material de suporte para a criação de trabalho em mídia digital e consequentemente após uma segunda análise em obra de arte. Este passeio pelas diversas formas de incorporação dos elementos observados, reflete a maneira da exportação e captação dos mesmos e por conseguinte, oferece ao novo observador um universo de reflexão."

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TEXTO DA EXPOSIÇÃO "OBJETOS", 2008

Museóloga Cláudia Penha dos Santos

"A exposição Objetos é uma mostra de caráter temporário que tem como foco obras produzidas pelo artista plástico Ivo Almico, resultado de sua vivência como programador visual no Museu de Astronomia e Ciências Afins/MAST. Mais especificamente são obras elaboradas a partir da observação de alguns instrumentos científicos da coleção do museu. Trata-se ainda de um ensaio, da concretização de uma pesquisa poética realizada a partir de imagens fotográficas.
Profundamente marcado pela observação do cotidiano, o trabalho de Ivo Almico nos proporciona um olhar diferenciado sobre esses instrumentos científicos, um olhar mais poético sobre objetos vistos normalmente apenas como objetos de ciência. Independente do conhecimento científico que pode ser apreendido pela observação e análise desses objetos, de sua importância para a história da ciência e da técnica, o que o artista buscou foi ressaltar o seu significado estético, acrescentando novos valores.  Nas palavras do próprio artista: "O cotidiano que me atinge é o que me interessa; tanto o dia-a-dia  neste museu, como fora dele, acabam deixando marcas profundas. Então faço registros visuais. Não me detenho à ciência, e sim em como esta me atinge.""

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TEXTO DA EXPOSIÇÃO "OBJETOS", 2009

Historiadora da ciência Alda Heizer

“Universo passado a limpo. 
 Linhas tortas ou sensuais desaparecem.
 A cor, fruto de álgebra, perdura.” (Carlos Drummond de Andrade)
 
 “O reino das imagens é o reino da despalavra." (Manoel de Barros)
 
"Conheci Ivo Almico, em 1991, ele ainda muito jovem, com uma inquietação silenciosa, vagando pela reserva técnica de um museu de ciências. Com seu olhar implacável, nunca deixou de lado a idéia de um dia romper as fronteiras consagradas entre arte e ciência.
Máquina fotográfica em punho, Ivo me fazia lembrar, de forma recorrente, o que certa vez Vilém Flusser em seu ensaio sobre fotografia disse sobre a aparente objetividade das imagens técnicas: “é ilusória, pois na realidade são tão simbólicas quanto o são todas as imagens”.
As pinturas de Ivo, que estão na mostra Objetos, dialogam com suas fotografias e me remetem à poesia e, por vezes, aos catálogos explicativos dos instrumentos científicos. Imagens que me inquietam e me deixam exposta à pluralidade de possibilidades de exploração dessas peças.
O artista desenha, pinta e interfere na lógica intrínseca daqueles objetos que nos museus querem que nos digam algo sobre a tal objetividade da ciência, num mundo de culturas etéreas.
Ver os quadros de Ivo Almico, as engrenagens de suas pinturas, me faz lembrar os traços expressionistas de gerações anteriores de artistas. Traços intrusos num mundo que pede explicação e que nos fazem sentir a impotência do alcance das palavras diante das imagens  mas que podem nos dar uma pista de quanto as imagens surpreendem as palavras e afirmam sua existência sem explicação."

V Bienal Europeia e Latino Americana de Arte Contemporânea

16/julho a 14/agosto/2021 - Cable Factory, Helsinki, Finlândia.

5/novembro/2021 a 1/janeiro/2022 - Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, Brasil.

15/novembro/2021 a 15/janeiro/2022 - Espaço Cultural dos Correios, Niterói, Brasil.

Ivo Almico trabalha a inquietação do mundo contemporâneo em imagens que procuram respostas às suas indagações interiores. São obras em técnicas diversas, em que a aquarela e a acrílica permitem o colorido fluido e transmitem o sentimento do artista.

Das obras apresentadas, “Olhar e medir”, realizada em 2018, é muito atual, permitindo, inclusive, uma certa visão profética do nosso tempo. São olhos “virais” a nos contemplar, num fundo azul que promete tranquilidade, expressão maior do desejo de fluir e passar. Olhos que buscam medidas, mas não impõem limites. As demais obras, sempre com as características que lhe são próprias, completam uma pequena mostra de sua poética.

Entre a figuração e a abstração, Ivo trabalha com símbolos herméticos que nos desafiam a decifrar, abrir, refletir e buscar respostas, desejo maior da humanidade.

 

 

Ivo Almico works with the restlessness of the contemporary world in images that seek answers to his inner questions. They are works in different techniques, in which watercolor and acrylic allow fluid color and convey the artist's feeling.

Of the local works, “Olhar e medir”, carried out in 2018, is very up-to-date, even allowing for a certain prophetic vision of our time. They are “viral” eyes looking at us, on a blue background that gives us tranquility, a greater expression of the desire to flow and pass. Eyes that seek measures, but do not impose limits. The other works, always with their own characteristics, complete a small sample of his poetics.

Between figuration and abstraction, Ivo works with hermetic symbols that challenge us to decipher, open, reflect and seek answers, the greatest desire of humanity.

 

Dra. Angela Ancora da Luz

Historiadora e Crítica de Arte

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